Publicação científica trimestral do CREMERJ - volume 3 - número 1 - 2024
48 Pancreatite Aguda - Definição, Patogênese, Classificação, Diagnóstico José Marcus Raso Eulálio et al. Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.3, n.1, p.28-50, jan-abr 2024 Outros critérios: Existem diversas propostas de escores simplificados, relações simplificadas de dois parâ- metros e mesmo parâmetros unitários que buscam antecipar e indicar gra- vidade, presença de necrose, infecção da necrose e mortalidade. Entre os critérios simplificados destacam-se os de Glasgow (8 parâmetros), BISAP (5 parâmetros), PANC 3 (3 parâmetros), HAPS (3 parâmetros), JSS (3 parâme- tros) e SNNAP (9 parâmetros). (24) Entre as relações simplificadas destacam-se o quociente entre o índice de anisocitose e a dosagem sérica do cálcio total, com alta sensibilidade como preditor de se- veridade (>1.4) e mortalidade (>1.7), (28) a elevação da proteína C-reativa como preditora de gravidade e de necrose pancreática, e, finalmente, a elevação da procalcitonina como preditora precoce de infecção da necrose pancreática. (29,30) CONCLUSÃO Na prática clínica o diagnóstico da pan- creatite aguda, na maioria das vezes, será firmado por achados clínicos associados ao aumento sérico de amilase ou lipase, a necrose pancreática será identificada ade- quadamente por tomografia com contraste realizada após o terceiro dia de evolução (melhor após o sétimo dia), a gravidade na admissão pelos critérios de Ranson e o acompanhamento da gravidade em uni- dade de terapia intensiva pelos critérios Figura 11 Critérios de APACHE II Cr=creatinina; FC=frequência cardíaca; FR=frequência respiratória; GB=global de leucócitos; Ht=hematócrito; K=potássio plasmático; Na=sódio plasmático; PAM=pressão arterial média; pH art=pH arterial; SatO 2 =saturação de oxigênio; T retal=temperatura retal; Adaptado de Knaus et cols (26) .
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