Publicação científica trimestral do CREMERJ - volume 3 - número 1 - 2024

61 Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.3, n.1, p.60-73, jan-abr 2024 Denervação Simpática Renal no tratamento da Hipertensão Arterial Não Controlada Esmeralci Ferreira e Valerio Fuks em mulheres e 258.871 em homens. Entre os estados com maior taxa de mortalidade em 2020, estão: Piauí (45,7 óbitos / 100 mil habitantes), Rio de Janeiro (44,6 óbitos / 100 mil habitantes) e Alagoas (38,8 óbitos / 100 mil habitantes). (3) Ahipertensão controlada é definida como uma PA de consultório abaixo de 140 x 90 mmHg, porém a orientação para que haja um rígido controle dos níveis tensionais geralmente não é seguida de maneira satis- fatória, aumentando o risco de morbidade e mortalidade. Há várias dificuldades no controle da PA e nesse grupo incluem-se os pacientes portadores de hipertensão arterial resistente (HAR). Apesar da disponibilidade de inúmeras intervenções no estilo de vida e inúmeros fármacos anti-hipertensivos, a taxa de controle desta patologia permanece muito baixa (< 30%), sobretudo quando se considera que 50% dos pacientes não são aderentes ao tratamento após um ano do diagnóstico. (4) Alémda não aderência às me- dicações, efeitos colaterais dosmedicamentos, regimes terapêuticos complexos, inércia do médico e HAR são fatores que se associam às dificuldades de controle da HAS. (5) No Brasil, um estudo multicêntrico uti- lizando o monitoramento ambulatorial da pressão arterial (MAPA) (ReHOT study) mostrouuma prevalência deHARde 11,7%. (6) A HAR é definida como aquela em que se impõe o uso de três anti-hipertensivos, em dose máxima tolerada, incluindo um diurético tiazídico, sem que haja o contro- le efetivo da PA na meta estipulada (PA vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio (IAM). A incidência global é de 25% da população, sendo responsável por uma mortalidade de 10 milhões de in- divíduos ao ano. (1) Os dados de prevalência no país tendem a variar de acordo com a metodologia e a casuística utilizadas. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, 21,4% dos adultos brasileiros au- torrelataramHAS. (2) Elevações na pressão arterial (PA) estão relacionadas, de forma direta e proporcional, a graves complica- ções nos órgãos alvo, como o risco para cardiopatia isquêmica, AVC, doença renal crônica (DRC) e morte precoce. (2) OMinistério da Saúde publicou um re- latório apontando que o número de adultos com diagnóstico médico de hipertensão aumentou 3,7% em 15 anos no Brasil. (3) Os índices saíram de 22,6% em 2006 para 26,3% em 2021. (3) O relatório mostrou ainda um aumento na prevalência do indicador entre os homens, variando 5,9%para mais. (3) Os dados foram levantados pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) da pasta que levou em consideração a indicação temporal das últimas dezesseis edições. Adicional- mente foi observada uma queda nos regis- tros em determinadas faixas etárias, sendo a maior redução encontrada entre adultos de 45 a 64 anos. (3) O número de óbitos por HAS se mostra em franca elevação. De acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), no período de 2010 a 2020 foram registradas 551.262 mortes por doenças hipertensivas, sendo 292.339

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