Publicação científica trimestral do CREMERJ - volume 3 - número 1 - 2024
78 A importância do diagnóstico diferencial entre dengue e febre maculosa: relato de caso Luiz José de Souza et al. Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.3, n.1, p.74-79, jan-abr 2024 CRDI seguimos conforme o protocolo do Ministério da Saúde. Em pacientes que possuem a picada do carrapato ou história epidemiológica com habitat propício e este- jam sintomáticos, iniciamos a doxiciclina e fazemos o acompanhamento. Sobretudo em locais com circulação de capivaras, visto que o município possui alta quantidade deste animal. É fundamental que seja feita também a sorologia IgM para dengue para que seja descartada essa possibilidade, visto que os sintomas são semelhantes. Com manuseio adequado desses casos, conseguimos reduzir o índice de óbito de pacientes com febre maculosa atendidos no CRDI, chegando-se a uma alta taxa de cura. Foram avaliados 78 casos suspeitos de febre maculosa atendidos no CRDI, sendo 19 positivos. Dentre os casos suspeitos, 46 (59%) são do sexo masculino e 32 do sexo feminino (41%). Tão logo o paciente relata a picada pelo carrapato e apresenta sin- tomas, é iniciado o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde, introduzindo a doxiciclina a fim de tratar os pacientes e evitar que evoluam de forma desagradá- vel, observando assim uma baixa taxa de óbito (Figura 1). Os sinais e sintomas são semelhantes aos de dengue, chikungunya e leptospiro- se, sendo os principais diagnósticos dife- renciais (Figura 2). O que difere é saber se o paciente teve picada pelo carrapato, se lida com equinos, se possui contato com capivaras ou locais de floresta. Enfatiza-se a importância da anamnese e epidemio- logia do paciente para que o diagnóstico seja feito de forma correta. ASPECTOS ÉTICOS O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) foi fornecido ao pa- ciente, juntamente com o esclarecimento de dúvidas, e posteriormente o paciente forneceu autorização para uso de infor- mações pessoais com finalidade científica. Este relato de caso foi submetido ao Comitê de Ética e está em análise. Figura 1 Gráfico representando a taxa de óbito dos pacientes com suspeita de febre maculosa atendidos no CRDI.
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